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Nem Todo Espumante é um Champagne? Descubra as Diferenças

Veja tudo sobre os Champagnes, sua origem, produção e diferenças

O que é?

Naturalmente associado a comemorações, o champagne tem um caráter festivo, seja pelo fato de ser borbulhante, seja por conter multisabores numa mesma taça ou por qualquer outra razão.

É produzido, em linhas gerais, pela mistura de três tipos de uva: Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier, mas dependendo da região de fabricação, essa composição básica sofre alterações nos percentuais de composição.

Desde os primórdios da sua criação, essa é uma bebida de prestígio, pois sempre esteve associada à nobreza e à monarquia. Foi consumido, por exemplo, no batismo de Clóvis em Reims no século V. Posteriormente, a coroação deste estabeleceu o início do Reino da França.

Um outro fator que contribuiu na consolidação do status da bebida foi que quase todos os reis franceses foram coroados em Reims – cidade mais importante da região de Champagne, precisamente na catedral Notre – Dame de Reims, cuja construção vem aproximadamente de 1225. Nas comemorações, a bebida borbulhante sempre se fazia presente.

Desde então, tornou-se o vinho oficial das comemorações monárquicas e passou a ser conhecido como “o vinho dos Reis e o rei dos vinhos”.

Ao longo de todos esses séculos, essa bebida manteve sua personalidade festiva, elegante e sofisticada. Onde havia comemoração, lá estava a inconfundível taça alongada borbulhando de charme.

Sua fama e produção foram se alastrando mundialmente com o passar do tempo. No entanto, há um consenso de que mesmo com essa enorme popularidade, apenas e exclusivamente é considerado Champagne a bebida que foi totalmente produzida nessa região homônima da França.

Essa foi uma determinação dos produtores locais, pois o borbulhante lá produzido era superior em qualidade aos produtos oriundos de outras regiões mundiais.

Existe também a variedade efervescente chamada ProSecco, o qual também sofre “erros” na utilização da denominação. ProSecco nada mais é que uma uva de origem italiana.

Essa uva, no entanto, não tem sua produção restrita ao seu país originário. Ao contrário, ela é produzida no mundo inteiro. E, para ser considerado um ProSecco, a bebida deve obrigatoriamente conter essa uva em sua composição.

Como foi a origem da bebida, qual a sua história?

Não se pode esquecer que o Champagne é, antes de tudo, um vinho. Em razão da fama consolidada dessa bebida, passamos a acreditar que são duas bebidas distintas, quando na realidade a diferenciação se faz de outra forma: esses são os vinhos “efervescentes”, diferentemente dos demais.

A História nos conta que nas primeiras uvas vinícolas já eram cultivadas no Império Romano.

Os “efervescentes” já eram de conhecimento de alguns produtores muito antes do aparecimento oficial da bebida. Existem registros do ano de 1530, quando monges da Abadia de Saint Hilaire, na região central do país, conseguiram inventar uma bebida borbulhante à base de uvas.

No entanto, como ainda não possuíam o conhecimento do correto armazenamento, com a preservação das famosas bolhas, o jeito era consumi-lo logo após a fermentação.

Um século se passaria até que fosse dominada a técnica de preservar a bebida com sua característica tão peculiar.

Ainda nos dias de hoje essa região de Saint Hilaire produz espumantes, os quais são nomeados “Blanquette de Limoux”.

O mito de Dom Pérignon

Quem nunca ouviu falar nesse nome?

Ele foi um monge beneditino que viveu de 1639 a 1715 e levou erroneamente a fama de ter sido o inventor do champagne. Na verdade, ele tentou encontrar uma maneira correta e eficiente de armazenar a bebida borbulhante, pois as garrafas sempre explodiam no processo de fermentação.

Diz a lenda que, ao peregrinar na região da Abadia de Saint Hilaire, tomou conhecimento de uma bebida efervescente fabricada ali e, ao experimentá-la, disse a célebre frase “Estou bebendo estrelas!”

Existem cinco fatores importantes em todo o processo de fabricação e armazenagem que são atribuídos a Dom Pierre Pérignon:

  • A substituição por garrafas de vidro mais espessas, garantindo assim a segunda fermentação que ocorre na própria garrafa, com uma pressão mais reforçada;
  • A mistura de diversos vinhos da região, buscando uma maior harmonia do produto;
  • A utilização de rolhas de cortiça originárias da Espanha. Com isso, aposentou-se o sistema até então utilizado: pauzinhos de cânhamos úmidos de azeite;
  • O estabelecimento de um modo diferenciado de separação e prensagem das uvas pretas, que prevalecem na região, proporcionando assim um sabor original à bebida;
  • A construção de enormes adegas subterrâneas que hoje se estendem por quilômetros e quilômetros e são de uso geral e comum a todos os produtores, para permitir um adequado repouso e envelhecimento da bebida.

Pode-se facilmente concluir a partir das observações acima que o monge Dom Pérignon não realizou a descoberta do champagne em si, mas contribuiu com melhorias e avanços na produção e qualidade do mesmo, nas mais diversas etapas da sua fabricação.

Não é à toa que a bebida que leva seu nome é uma das mais bem reputadas, hoje em dia!

Como é produzido e feito o champagne?

Ao longo de todos esses séculos, as etapas do procedimento de fabricação do champagne mantiveram-se quase sem grandes alterações.

Esse é um processo longo, dispendioso e caro, o qual envolve uma série de regras e etapas rigorosas que precisam ser respeitadas e obedecidas para merecer ostentar o rótulo de “Champagne” na embalagem.

Um dos requisitos iniciais é que ele deve ter necessariamente as três uvas já citadas, duas tintas (Pinot Noir e Pinot Meunier) e uma branca (Chardonnay). Nas duas primeiras, o vinho elaborado sem sua casca é um vinho branco.

Também devem estar dentro dos limites geográficos estabelecidos pelo governo francês para tal objetivo de cultivo.

Todo o sistema de plantação e produção é minuciosamente controlado e inspecionado a cada etapa por um órgão chamado “Comité Interprofessionnel du Vin do Champagne” composto por alguns produtores e comerciantes do famoso espumante.

Além disso, a bebida tem o seu sistema peculiar de fermentação, nomeado “champenoise”, onde o segundo processo de fermentação ocorre dentro da própria garrafa, enquanto nas outras bebidas as etapas da fermentação ocorrem em toneis de barris de aço inoxidável ou madeira (método “charmat”).

Será nesta segunda fermentação que a bebida desenvolverá as famosas borbulhas (em francês, “perlage”) de gás carbônico. Na etapa de armazenamento, a garrafa é colocada diagonalmente de cabeça para baixo, tendo uma rotação lateral diária de 90º, facilitando com isso o desprendimento da borra formada.

Esse processo se chama originariamente “Remuage” e foi introduzido na indústria de bebidas pela famosa Madame Clicquot.

A Famosa Viúva Clicquot

Tendo se tornado viúva precocemente aos 27 anos, Nicole Clicquot precisou arregaçar as mangas para aprender a gerir os negócios do falecido marido: atividades bancárias, comércio de lã e fabricação de champagnes.

Ela então decidiu que manteria o foco na empresa das bebidas, concentrou nesse ramo sua atenção e começou a prosperar.

Com isso, veio a técnica da “Remuage” que contribuiu em muito para deixar a bebida mais límpida e cristalina. Antes disso, a segunda fermentação ocorrida dentro da própria garrafa gerava um vinho excessivamente doce, com grandes bolhas e restos de levedura proveniente da fermentação.

Seu aspecto não era visualmente agradável: a bebida era um tanto turva. Com a incorporação desta nova técnica ao sistema de produção, Madame Clicquot inovou e reacendeu todo o mercado de champagnes, tornando-se uma das empresárias mais ricas e bem-sucedidas de toda a Europa.

Até hoje o produto leva seu nome: Veuve Clicquot

Conheça a região da França: Champagne!

A célebre bebida foi batizada com o nome da cidade onde surgiu.

Localizada no norte da França, precisamente a 145 quilômetros na direção nordeste da charmosa capital Paris, essa é uma região bucólica, como não poderia deixar de ser, dada a presença de tantos vinhedos.

Os romanos antigos chamavam de “Campagnia”, em latim, essa porção de terras situadas ao norte de Roma.

Desde os primórdios do Império Antigo, ali eram produzidos os vinhos, embora os borbulhantes só viessem séculos a surgir mais tarde.

Vindo de Paris de carro, é possível chegar em cerca de duas horas nesta região e há trens que podem fazer esse trajeto ainda mais rapidamente. Há opções de saídas diárias, partindo do Gare du Nord e indo diretamente até Reims ou Éparnay.

A fronteira com a Bélgica, ao norte, a coloca em vantagem geográfica estratégica no planejamento dos pontos de parada de uma viagem pela Europa.

A região é dividida em quatro “departamentos”, conforme denominação local: Aube, Ardennes, Alto Marne e Marne.

Sua extensão geográfica vai desde a fronteira com a Bélgica até a nascente do Rio Sena, se estendendo por vales, florestas temperadas e planícies férteis, onde se pode apreciar todo o charme da França.

Além de visitar caves e participar de degustações da bebida, existem inúmeras opções de construção para visitar, tais como igrejas, monumentos, museus, além de excelentes restaurantes.

A Catedral Notre-Dame de Reims, por exemplo, é uma parada obrigatória. Sua história é antiga e muito rica. Ela é uma das catedrais góticas mais importantes da França e, com o forte poder religioso dessa época, já em 250 d. C., abrigava todo o bispado da região.

Foi em 1211 que iniciou-se a construção da catedral como é conhecida nos dias atuais. Fachada gigantesca com detalhes que exigiam minuciosa atenção, além de eventos catastróficos como a Grande Peste e a Guerra dos Cem Anos acabaram por atrasar ainda mais a sua finalização.

Ela teve a honra de ter sido o local de coroação de trinta e três reis da França em mais de mil anos de história.

A região é uma das mais frias da França, com chuvas abundantes na primavera e no outono. O verão costuma ser bastante ensolarado.

Em Linhas Gerais:

Vale lembrar que o champagne é um produto de terroir, ou seja: muitas características particulares do produto provém da relação do mesmo com os fatores da natureza, tais como: clima, tipos de solos, umidade do ar, exposição ao sol, chuvas, etc.

Cada região produz portanto o seu produto específico, com sabor peculiar.

Muitas vezes, em razão de grandes mudanças climáticas, tais como muita chuva ou muita estiagem, um determinado ano de produção resulta num produto totalmente diferente no sabor ou até mesmo na cor de um mesmo produto, de ano anterior.

Por isso, os preços costumam variar tanto de uma safra para outra.

Um champagne bom, leva pelo menos dois anos para poder ser consumido, após o necessário “tempo de espera”. Uma especial leva cinco anos!

Conforme determinação consensual entre os enólogos, o champagne é um corte, o que significa que é uma mistura de uma quantidade entre 30 e 200 vinhos prévia e oficialmente estabelecida e rotulada.

Essa quantidade varia conforme o tipo da bebida. No tradicional, há cerca de 30% de corte (mistura) proveniente de vinhos brancos de uvas tintas.

Um Rosé é uma mistura de vinhos tintos. O “Blanc des Blancs” apenas com uvas brancas e o “Blanc de Noir” é um corte apenas de uvas tintas.

Tudo é rigorosamente determinado e preestabelecido.

Por que Champagne?

Essa bebida borbulhante preserva intactos seu charme e elegância milenares, além de ter seu lado histórico muito ligado à evolução da sociedade francesa, tendo participado ativamente de coroações e comemorações mais variadas.

Nenhuma outra bebida reflete tão finamente o espírito francês de elegância, cultura e refinamento.

Há champagnes variados para todos os gostos e bolsos, com valores que oscilam de 200 reais a 1 milhão de dólares por garrafa!

O importante é sentir-se leve e feliz com a sua taça: esse é o espírito do champagne!

Referências:

https://joshuadopkowski.medium.com/what-is-champagne-52215ac0c619

https://www.winecountry.com/blog/sparkling-wine-vs-champagne/

https://vinepair.com/explore/category-type/champagne/

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