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Como Ler o Rótulo do Vinho de Forma Simples para Facilitar a Seleção?

Você está no mercado, na sessão de vinhos e agora é a hora da verdade: como é que você escolhe qual vai levar para casa?

Além do preço, outra coisa que você deve sempre olhar é se o vinho é tinto suave, seco, espumante, brut, rosé e etc. Mas é claro que tem outras classificações, como safra, local de produção, se foi feito com colheita tardia e muito mais.

Óbvio que essas informações são importantes, mas você precisa saber identificar também outros dados que são tão essenciais quanto estes. Assim, você terá certeza de que está levando para casa aquele rótulo que vai suprir todas as suas expectativas.

Com isso em mente, vamos te ajudar a identificar todos esses dados contidos nos rótulos dos vinhos.

Qual é a história dos rótulos, como surgiram?

Podemos nomear o rótulo do vinho como sendo o RG da bebida, pois ele leva as informações mais relevantes sobre esse item.

Qual a sua origem, país/ estado de fabricação, quais uvas foram utilizadas, quem o produziu, seu teor alcoólico, enfim, todos os itens que deram origem a este produto.

Muito se engana quem acha que este é um hábito atual. Pelo contrário, o primeiro rótulo de vinho remonta aos antigos egípcios , para variar.

Na época, era gravado no local de fechamento das ânforas os dados do conteúdo dentro do recipiente, ou seja, ano de produção, nome, procedência e o nome do produtor. Inclusive, vários modelos desse tipo foram achados no túmulo de Tutancâmon, que morreu em 1.323 A.C.

Na Roma antiga o processo era parecido. As embalagens eram marcadas com o nome do vinho e com número de ânforas produzidas com aquela uva em questão.

Esse método foi preservado até 1600. Pois é nesta mesma época que a Inglaterra começava a usar as garrafas de vidro, que eram fechadas de forma hermética com as rolhas feitas de cortiça. Acredite, isso mudou muito o mundo dos vinhos.

Por conta da troca de material, se viu a necessidade de ter um papel na embalagem contendo as informações da bebida, e foi aí que se criou o rótulo.

O mais antigo de que se tem conhecimento foi produzido pelo monge beneditino Dom Pierre Pérignon. Aliás, foi ele que começou o método de vinificação conhecido como Champenoise.

Com o intuito de não confundir os vinhedos de origem e as safras, o monge começou a colocar pergaminhos que iam amarrados no gargalo das garrafas, contendo essas informações.

Contudo, o rótulo que conhecemos hoje só foi possível após a invenção da litografia, em 1796, já que agora pode-se imprimir várias cópias de um mesmo rótulo. Este era desenhado e posteriormente reproduzido em uma pedra, que depois levava uma camada de tinta em cima. Basicamente, um carimbo.

Porém, acredita-se que o rótulo que estamos acostumados atualmente nasceu mesmo em 1840 pelas mãos do dono do Maison De Venoge, o suíço Henri-Marc.

Neste ano, o produtor ofereceu diversas garrafas de champanhe com rótulos contendo ilustrações e os dizeres sobre a bebida, algo recorrente nos dias de hoje.

Quais são as principais informações encontradas nos rótulos do vinho?

Bom, a primeira coisa que você precisa saber, antes de tudo, é que existem dois tipos de rótulos, aqueles dos vinhos do velho mundo e aqueles do novo mundo.

Nos rótulos do primeiro, o que vem em destaque é:

  • Região onde as uvas foram produzidas (Champagne, Bordeaux, Rioja, Chiant, etc);
  • Nome do produtor.

Este hábito é muito comum na Itália, Portugal, França, Espanha e outros países da região.

Já os vinhos do novo mundo, o rótulo vem com as seguintes informações:

  • As uvas usadas no vinho (Merlot, Chardonnay, Riesling, Cabernet Sauvignon);
  • O nome do vinho.

Esse método é visto em vinhos do Brasil, Argentina, África do Sul, Estados Unidos, Chile, Austrália, entre outros for a da Europa.

Dito isso, abaixo está a lista dos principais itens que você vai encontrar em uma garrafa de vinho.

Nome do vinho

Vamos começar com o óbvio, a primeira coisa que você verá é o nome do vinho. Este, na grande maioria das vezes, ganha destaque na etiqueta, principalmente aqueles que foram produzidos no novo mundo.

Isso também ajuda a própria vinícola a identificar as bebidas para os clientes e para si, ainda mais se for o caso da empresa ter diversas linhas, como é o caso da chilena Concha Y Toro. Além desta principal, a companhia ainda tem a Casillero Del Diablo, Marques de Casa Concha, e outros.

Produtor

Outra característica muito comum é vir o nome do produtor no rótulo, usando a Concha Y Toro como exemplo novamente, este está localizado na parte inferior do rótulo, com certo destaque.

Porém, alguns produtores não dão nomes específicos aos seus vinhos, e por isso acabam utilizando o próprio nome da vinícola. Esse título vem seguido da safra e da uva utilizada naquele item.

Ambos os métodos são praticados tanto por produtoras grandes, quanto por pequenos.

Variedade da(s) uva(s)

A identificação da variedade de uva usada no vinho é mais comum ser observado nos rótulos de bebidas do novo mundo. Esses produtores não só especificam o tipo da fruta usada, mas também a quantidade de espécies que estão presentes na garrafa.

Por mais que pareça uma informação inútil, ela é muito valiosa. Por exemplo, com esse dado você tem uma noção do que esperar daquela bebida, o estilo dela – seco, suave, amargo, etc.

Outro ponto importante é que com esses dados, fica mais fácil acertar na harmonização.

Quando o vinho que você escolheu possuir um único tipo de uva ou leva uma maior porcentagem de uma só, este é chamado de varietal. Agora, quando a bebida leva dois ou mais tipos diferentes de uva, ele leva o nome de assemblage ou vinho de corte.

Região de origem

Esse dado é mais comum nos vinhos do velho mundo. Ele tem como intuito trazer ao cliente a noção da qualidade altíssima da garrafa que ele está adquirindo.

Por exemplo, a região de Bordeaux é muito famosa na França por produzir bebidas de enorme qualidade, e o fato deste dado estar na garrafa já traz todo um peso para o vinho.

Além de trazer esse peso da região, ao informar onde foi produzido, temos um pouco de noção do que esperar da bebida. No caso de Bordeaux, a área é conhecida por produzir ótimas safras de tintos à base de Merlot e Cabernet Sauvignon.

Já Chablis, na França, é conhecida pelo plantio de uvas/vinhos brancos, como o Chardonnay.

É comum observar também o rótulo que vem com a sub-região de origem do vinho. Isso é feito quando uma pequena área se encontra dentro de outra grande e é igualmente famosa. Um exemplo é Saint-Émilion, que fica em Bordeaux.

Ah, e prepare o bolso, pois esses que rotulam a origem da uva, sendo uma sub-região ou mesmo um único vinhedo, costumam ser mais caros, mas igualmente mais refinados. Tudo tem seu preço!

Safra

A safra nada mais é do que o ano em que aquele vinho foi produzido. Mas por que tenho que saber disso? Porque, como se sabe, alguns rótulos são de guarda, ou seja, ficam ainda melhores se forem guardados por alguns anos antes de abrir a garrafa.

Estes podem ser armazenados por muito anos, até décadas, já aqueles considerados jovens, tem um limite. Os tintos podem ser guardados por até cinco anos, já os brancos e rosés, entre dois e três anos.

Outra informação muito interessante é que quando o rótulo não vem com esse dado, como é comum observar nos vinhos do Porto e nos espumantes, quer dizer que as uvas usadas foram colhidas em anos diferentes.

Temperatura

Apesar de não influenciar em nada na escolha, a informação sobre a temperatura ao qual o vinho deve ser servido é interessante, principalmente para quem está começando agora a degustar essa bebida.

Alguns rótulos do novo mundo fazem essa indicação para ajudar o cliente ter uma satisfação ainda maior ao se deliciar com a bebida da melhor maneira possível.

Maturação e envelhecimento

Quer saber se a garrafa que você está comprando passou por um tipo especial de cuidado, como envelhecimento no próprio recipiente ou maturação em barris de carvalho? Se o rótulo tiver os seguintes dizeres: Reserva, Riserva ou Gran Reserva, quer dizer que sim.

Porém, é preciso ficar atento pois esse nome não quer dizer a mesma coisa em todos os países, principalmente porque só a Itália e Espanha detém regras bem específicas para a utilização dessa nomenclatura.

Graduação alcoólica e volume

Saber o nível de álcool no vinho também é importante, pois é este elemento o responsável por fazer a bebida durar mais tempo, mesmo que a garrafa já tenha sido aberta.

Os vinhos fortificados são os que mais têm álcool na sua composição, podendo chegar a 22% de volume.

Quantidade de sulfetos

O sulfeto pode ser usado em diversas fases da produção do vinho, desde a vinificação até a fermentação.

Ele serve para manter o frescor e prevenir a oxidação do vinho. Ou seja, te dá a garantia que você está consumindo um produto fresco, mesmo que ele já tenha sido engarrafado há muito tempo.

Idade das vinhas

A idade das vinhas também te dão uma noção do que esperar do vinho.

Normalmente, aqueles produzidos com uvas de videiras mais velhas oferecem um fruto com um sabor mais concentrado, e por conta disso, essa bebida é considerada superior a outras.

Essa informação aparece nos rótulos com os termos: Old Vines, Vinhas Velhas ou Vieilles Vignes.

Conclusão

Agora você já sabe ler todas as informações da garrafa de vinho. Isso com certeza vai melhorar ainda mais a sua experiência em cada degustação.

Referências:

https://winefolly.com/tips/how-to-read-a-wine-label/

https://www.nytimes.com/2020/09/28/dining/drinks/read-wine-label.html

https://vincarta.com/blog/how-to-read-a-wine-label/

https://napavalley.wine/articles/how-to-read-a-wine-label–17

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