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Quais são os Blends Famosos de Vinhos e Qual mais Combina com Você?

Quando começamos a conhecer o universo dos vinhos, nos deparamos com algumas palavras que podem ser desconhecidas, como por exemplo, blend. Você sabe o que significa?

Para quem nunca pesquisou seu significado, neste universo ela quer dizer, basicamente, que determinado vinho levou vários tipos de uvas na sua confecção.

Apesar que para alguns isso possa parecer estranho, é muito comum essa mistura em algumas marcas famosas e em regiões de confecção de vinhos.

Por exemplo, é comum colocar uma porcentagem de branco no tinto, como é o caso do Chianti, que além da predominância de Sangiovese, leva uma pequena dose de Trebbiano.

Ou o Châteauneuf-du-pape, que pode utilizar até 18 castas diferentes, mas de uma única cepa.

Por que misturar?

Hoje em dia, a ideia de blend é mais uma decisão técnica, baseada em amplo conhecimento no assunto, para oferecer o que há de melhor naquele local onde a fruta foi plantada. Mas, antigamente, essa era mais uma forma de compensação pelos produtores.

Isso quer dizer que se naquele ano em específico, uma safra tivesse sofrido mais perdas por conta do clima, e outra se desenvolveu mais, está segunda acabava sendo mais presente para compensar a outra.

E eles levavam em consideração não apenas a perda em quantidade, mas também a qualidade. Caso uma uva não atingisse o seu nível adequado, outra entraria em seu lugar, em maior número, para suprir essa lacuna.

Acredita-se que essa técnica surgiu juntamente com a vitivinicultura em si. Mesmo que naquele tempo os produtores não tivessem acesso a instrumentos que os ajudassem a diferenciar as cepas das uvas que eles tinham em seus vinhedos.

Mas, mesmo assim, eles ainda conseguiam identificar, por exemplo, a branca da tinta, aquelas que tinham cachos maiores ou menores.

Assim como quando as bagas eram mais arredondadas ou alongadas. Eles também percebiam quando algumas davam mais frutas que outras, eram mais doces, etc.

Mesmo sem nenhuma técnica, eles perceberam que ao fazerem essa mistura, eles tinham uma bebida mais homogênea.

Tanto que até hoje existem produtores que cultivam diversos tipos de uvas num mesmo terreno, sem qualquer distinção. Por conta disso, essa prática ganhou o nome de Vinha Velha ou Blend de Campo (Field Blend).

No Douro essa prática é muito comum, tanto que muitas vezes todas as uvas são colhidas e fermentadas juntas, dando origem a tintos famosos, como é o caso do vinho do Porto.

Técnica ou inspiração?

Podemos dizer que é um pouco dos dois. Claro, os enólogos conhecidos podem gerar diferentes vinhos renomados e, com base na sua experiência pessoal, criar uma mistura espetacular. Mas para isso é preciso também de experiência e tecnologia.

Como cada variedade pode adicionar características únicas à mistura, o profissional precisa ter experiência e técnica para fazer o blend. Por exemplo, se ele quer uma bebida mais ácida, ele precisa saber quais uvas ele pode usar para fazer isso.

Além disso, é preciso fazer alguns ajustes na hora para que o blend fique da forma que o produtor imaginou.

E não vá achando que é fácil, muitas vezes para chegar neste resultado, o produtor prova diversos blends até chegar ao definitivo.

Um exemplo disso é o Château Margaux, que é montado com 100 vinhos diferentes. Alguns produtores de vinho ainda contam que seus rótulos podem ter até 200 peças.

Você deve estar pensando, então o profissional precisa plantar mais de 200 tipos diferentes de uvas para fazer um blend desses? Não, imagina o trabalho.

Na verdade, uma única fruta te dá diversas possibilidades. Por exemplo, a uva pode ser colhida em fases diferentes da colheita, só aí você já tem uma grande variedade.

Podemos dizer, então, que esse trabalho é uma mistura de experiência e inspiração, de arte e ciência.

Abaixo, vamos falar dos blends mais conhecidos do mundo dos vinhos.

Bordeaux, como surgiu?

Não existe uma receita padrão para esse blend, mas o que podemos dizer é que ele é o mais imitado e cultuado dentro do mundo dos vinhos.

Ele costuma levar três tipos diferentes de uvas tintas, que resultam em uma mescla diferente por conta da região onde elas são plantadas, assim como do seu produtor.

São elas:

  • Merlot;
  • Cabernet Sauvignon;
  • Cabernet Franc;
  • Petit Verdot;
  • Malbec;
  • Carménère.

Sendo essas três últimas em menor quantidade.

Muitos pensam que Bordeaux conta com um grande número de porcentagem de Cabernet Sauvignon, mas aí é que você se engana.

Na realidade, a fruta mais comum na região é a Merlot, com cerca de 65% de vinhedos, enquanto o Cabernet tem apenas 22%, e o Franc, menos de 10%.

Já a proporção de cada rótulo é outra história. Essa porcentagem varia muito de denominação para denominação, e também pelo produtor em si.

Por exemplo, nas sub-regiões que ficam à margem esquerda do Rio Gironde, é mais comum que os rótulos tenham predominância em Cabernet Sauvignon. Já do lado direito, o Merlot se destaca.

Contudo, mesmo a região sendo conhecida pela produção de vinhos tintos, por lá é produzido também blends com uvas brancas. As mais comuns são:

  • Muscadelle;
  • Sauvignon Blanc;
  • Sémillon.

A Sauvignon Blanc e a Sémillon representam cerca de 40% dos vinhedos por lá, cada uma. Já a Muscadelle tem uma participação de apenas 5%.

Além disso, os rótulos ainda são complementados com pequenas doses de:

  • Merlot Blanc;
  • Colombard;
  • Sauvignon Gris;
  • Ugni Blanc.

Como é o blend Provence?

Provence é conhecida por usar diversas variedades em seus vinhos, tanto no rosé, quanto no tinto e branco.

Entre as brancas, as mais usadas são:

  • Ugni Blanc;
  • Rolle;
  • Clairette;
  • Grenache Blanc;
  • Sémillon;
  • Bourboulenc.

As tintas:

  • Cinsault;
  • Grenache;
  • Mourvèdre;
  • Syrah;
  • Tibouren;
  • Cabernet Sauvignon;
  • Carignan.

É a mistura entre elas que dá origem aos vinhos locais, principalmente os rosés mais sutis. Claro que o tipo de blend depende do produtor e da região.

E Rhône, produz blends?

Sim! Aliás, a França é conhecida por ter várias regiões bem ativas na fabricação de blends, como é o caso de Rhône, localizado ao sul do país. Por lá é possível ver uma enorme quantidade de castas espalhadas que vão de Vienne até Avignon.

Na área, você encontra uvas Ugni Blanc até Bourboulenc. Sem contar que tanto o sul quanto o norte existem várias denominações, e com diferentes castas. Cerca de 20 delas estão listadas em DOC genéricas. Mesmo assim, três delas são mais predominantes, e são elas:

  • Syrah;
  • Mourvèdre;
  • Grenache.

Normalmente, nesta região a proporção das uvas não são fixas, além dos rótulos poderem levar uma porcentagem de Cinsault e Carignan. Mas sem dúvida nenhuma que a Grenache é a mais predominante de todas, com a Syrah vindo logo atrás, esta última principalmente nas regiões ao norte do país.

A Mourvèdre é mais usada como complemento para essas duas, que, aliás, combinam muito bem. Tanto que a mistura ficou conhecida mundialmente como o trio GSM.

Além do trio GSM, de vinhos tintos, Rhône também trabalha com blends de uvas brancas, que detém combinações mais variados, mas com predominância principalmente de:

  • Roussanne;
  • Marsanne;
  • Viognier.

Essas três são frequentemente usadas na região e por conta do seu sucesso, elas estão cada vez mais sendo copiadas em outros cantos do mundo.

Quais uvas estão presentes na Alsácia Gentil?

Os vinhos fabricados em Alsácia Gentil costumam levar uvas como:

  • Sylvaner;
  • Riesling;
  • Gewürztraminer;
  • Pinot Gris e algumas outras (em menor quantidade).

Nesta área, antigamente, também era comum o plantio de tipos diferentes de uvas no mesmo terreno. Essa prática era chamada de Gentil em 1920. Além de serem plantadas juntas, elas eram igualmente colhidas e vinificadas em conjunto.

Anos depois, esse nome voltou a ser usado e é utilizado em vinhos com características específicas, como a adição de pelo menos 50% de Pinot Gris, Riesling, Muscat e/ou Gewürztraminer, e os restante deve ser de Pinot Blanc, Sylvaner ou Casselas.

Esse outro blend bem parecido com o Gentil, que é chamado de Edelzwicker. Eles se diferenciam no fato de que neste segundo todas as variedades usadas são de vinho branco da Alsácia, que não tem nenhuma restrição ou indicação exata de proporção.

Na Edelzwicker as uvas também podem ser vinificadas tanto juntas, quanto separadas.

Champagne, é um blend?

Apesar de Bordeaux ser a mais conhecida pelos seus blends, é o Champagne que sai na frente neste quesito. Ao todo, apenas três uvas são usadas nesta mistura, existem outras quatros, mas seu uso é pouco corriqueiro.

As principais são:

  • Pinot Noir;
  • Chardonnay;
  • Pinot Meunier.

E mesmo apenas com essas três uvas, os produtores conseguem criar diversas mesclas e sabores.

Neste caso, não é apenas a proporção da fruta que é levada em consideração, que é definida de acordo com o estilo da vinícola, a mistura dos vinhos de reserva e as porções que são selecionadas a cada safra que se misturam com as colheitas futuras são essenciais para manter o sabor da bebida inalterado em todos os anos.

Como você deve imaginar, não é uma tarefa fácil fazer com que toda safra tenha as mesmas características. Primeiro, o chef de cave precisa saber exatamente as medidas tanto dos vinhos da safra corrente, quanto daqueles de colheitas mais velhas, para que assim se crie o cuvée único.

Para alcançar tal ponto, o profissional precisa ter anos de experiência, assim como entender de cada variedade usada, que vem de diversos tipos de terroirs e interferem diretamente no sabor da bebida.

Como é feito o vinho do Porto?

Douro, região onde o vinho do porto é produzido, é famosa por confeccionar grandes bebidas com castas do tipo autóctones.

Aliás, é muito comum por lá a prática de vinhedos de Vinhas Velhas, ou seja, uma mistura de uvas que são plantadas juntas e quase sempre não tem distinção entre as cepas.

Isso faz com que a mistura usada no Porto e também nos vinhos tintos e brancos detenham diversas variedades.

Porém, recentemente os produtores decidiram reduzir a quantidade de variedades, dando preferência principalmente para:

  • Tinta amarela;
  • Barroca;
  • Roriz;
  • Touriga nacional;
  • Francesa;
  • Tinto cão.

Para as brancas:

  • Viosinho;
  • Malvasia Fina;
  • Gouveio;
  • Donzelinho.

Mas mesmo com essa redução, você ainda encontra em Douro centenas de variedades, como essas que listamos abaixo:

  • Arinto;
  • Esgana Cão;
  • Cornifesto;
  • Bastardo;
  • Boal;
  • Folgasão;
  • Donzelinho Cercial;
  • Mourisco tinto;
  • Tinta barroca;
  • Periquita;
  • Malvasia Corada;
  • Rabigato;
  • Rufete;
  • Tinta Francisca;
  • Moscatel Galego;
  • Tinta barca;
  • Samarrinho.

Por conta disso, não é raro a técnica de Field Blends por lá, ou seja, a vinificação de uvas que foram plantadas juntas no mesmo local.

Alentejo é produzido a partir de quais uvas?

Nos últimos anos Alentejo passou a produzir blends com castas específicas, entre elas:

  • Alicante Bouschet;
  • Aragonez;
  • Syrah;
  • Castelão.

Criando rótulos varietais bem recebidos pelos críticos. Contudo, os vinhos mais regionais da área costumam ser produzidos com misturas de várias cepas, de uvas estrangeiras até às autóctones portuguesas.

Os tintos costumam levar:

  • Trincadeira;
  • Aragonez;
  • Castelão;
  • Alfrocheiro;
  • Alicante Bouschet;
  • Syrah;
  • Cabernet Sauvignon;
  • Merlot.

Já os brancos:

  • Antão Vaz;
  • Arinto;
  • Roupeiro;
  • Fernão Pires;
  • Perrum;
  • Sauvignon Blanc;
  • Chardonnay.

Vinhos Verdes também são feitos com mais de um tipo de uva?

Sim! O vinho verde é um clássico de Portugal. Originário de Minho, ele traz uma mistura de uvas, tanto para o tinto quanto para o espumante e o branco.

A casta mais consumida e famosa por lá é a Alvarinho, a mais importante em Melgaço-Monção, uma sub-região que fica na divisa com a Espanha.

Por lá, encontram-se os melhores monovarietais de Portugal. Mas também é comum achar blends de Azal, Arinto, Avesso, Trajadura e Loureiro.

Amarone Della Valpolicella

Um clássico Italiano, esse blend é feito com uvas passificadas.

A proporção atual consiste em: 45 a 95% de Corvina, porém, é permitido que pelo menos 50% de Corvinone esteja presente também. Já a Rondinella deve conter entre 5 a 30%.

As outras variedades comuns da região de Verona também podem ser adicionadas, até 25%, mas é muito mais corriqueiro os produtores preferirem fazer apenas com Rondinella e Corvina.

Chianti

Um erro comum quando o assunto é Chianti é achar que, a varietal é de Sangiovese, mas não é bem assim.

Na verdade, o próprio criador desta bebida, o barão Bettino Ricasoli, deixa isso claro em uma carta que escreveu para o professor Cesare Studiati, da Universidade de Pisa, em 1872.

Na carta, ele descreve a seguinte proporção: Sangiovese (7/10), Canaiolo (2/10), Malvasia ou Trebbiano (1/10). Ou seja, realmente o Sangiovese é predominante, mas não é a única cepa utilizada. Aliás, a mistura ainda leva uma dose de uvas brancas.

Contudo, com o passar dos anos, a Sangiovese realmente ganhou mais destaque, a ponto de alguns produtores usarem somente ela no Chianti, mas não é uma regra unânime.

Pelas regras gerais é preciso que a casta no Chianti Clássico seja de pelo menos 80%, e o restante pode ser complementado com uvas da região, como Colorino, Canaiolo, Merlot e Cabernet Sauvignon.

E desde 2005 o consórcio não autoriza mais o uso de Malvasia e Trebbiano, que são uvas brancas. Contudo, eles ainda são utilizadas em sub-regiões de Chianti.

Quais são os blends de supertoscanos?

O nome Supertoscanos não é nem uma classificação e nem uma denominação. Na verdade, este é usado para intitular os vinhos de alta qualidade que eram impedidos de receber a nomenclatura Chianti.

Na época, entre 1960 e 1970, a mistura entre uvas francesas e a Sangiovese era proibida pelo consórcio. Só anos mais tarde é que essa regra mudou.

Os primeiros criadores de supertoscanos foram Piero Antinori com o Tignanello, e Mario Incisa Della Rocchetta com Sassicaia.

Com o passar dos anos, outros nomes surgiram no mercado ao perceberem que essa mistura estava sendo bem aceita pelo público.

No Tignanello, observamos a presença maior de Sangiovese que é complementada por Cabernet Sauvignon. Já a Sassicaia tem mais porcentagem de Cabernet Sauvignon e o restante é de Cabernet Franc.

E quando ao Rioja?

O Rioja é muito comparado com o Tempranillo, e não é à toa, já que este deve a sua fama ao segundo. Mas não é em todos os casos que os vinhos riojanos estão sozinhos na garrafa.

É possível adicionar variedades como Graciano, Garnacha, Maturana Tinta e Mazuelo. Porém, a porcentagem não passa dos 15%.

Mesmo com esse número baixo, muitos produtores conseguem criar vinhos varietais com essas variedades, e a Tempranillo, obviamente, é a que mais se destaca em quantidade.

Uma outra curiosidade é que mesmo na região as cepas brancas serem minoria, elas também são usadas para fazer blends, principalmente a Viura. Mas também são usadas as:

  • Malvasia;
  • Maturana;
  • Garnacha Blanca;
  • Tempranillo Blanco;
  • Turruntés;
  • Verdejo;
  • Sauvignon Blanc;
  • Chardonnay.

A Viura representa cerca de 70% dos vinhos na área.

E o Cava?

No começo, o Cava era chamado de Champagne, e a inspiração para este foi justamente o espumante francês. Foi só em 1970 que esses vinhos ganharam um novo nome, justamente para se diferenciarem de seu primo.

De origem espanhola, foi Josep Raventós Fatjó, de Codorniu, quem criou essa bebida, elaborada em Sant Sadurni d’Anoia.

Assim como seu primo francês, o cava leva uma blend de três uvas. São elas:

  • Xarello;
  • Parellada;
  • Macabeo.

Mas ele também pode conter:

  • Pinot Noir;
  • Chardonnay;
  • Subirat Parent;
  • Grenage;
  • Monastrell;
  • Trepat.

Apesar dessas outras, a predominância é a Macabeo, seguida pelo Xarello.

Quanto a Priorat?

A história da produção de vinhos no Priorat, na Espanha, remete aos tempos dos monges, que cultivaram nesta região em torno do século XII. Mas a área só ficou mesmo famosa entre 1980 e 1990.

Foi durante esse período que jovens locais, como René Barbier e Álvaro Palacios, se reuniram para produzirem vinhos tintos de qualidade.

Apesar disso, eles não deixaram as tradições para trás e continuaram usando como base as duas principais castas da área:

  • Garnacha;
  • Carignan.

Mas obviamente que eles não ficaram presos a isso e logo começaram a misturar outros tipos de uvas, desde as francesas até às autóctones.

E falando nelas, as castas permitidas são:

  • Tempranillo;
  • Garnatxa Peluda;
  • Picapoll Negre;
  • Cabernet Franc;
  • Cabernet Sauvignon;
  • Pinot Noir;
  • Syrah;
  • Merlot.

Contudo, as recomendadas para este blend são Carignan e Garnacha.

Meritage é considerado um blend?

Sim! Este surgiu no final dos anos de 1980, após um grupo de produtores americanos se reunirem para criar um nome para os vinhos do Novo Mundo que utilizam os blends tradicionais de Bordeaux.

A palavra vencedora apareceu em meio a um concurso com mais de seis mil inscrições e vem do “merit”, que significa mérito, e heritage, de herança.

O meritage tinto leva uma mistura de uvas nobres de Bordeaux.

Entre elas:

  • Cabernet Sauvignon;
  • Malbec;
  • Cabernet Franc;
  • Petit Verdot;
  • St. Macaire;
  • Carménère;
  • Gros Verdot.

Sendo estas três últimas, cepas raras. Outra coisa importante no Meritage é que independente da uva usada, nenhuma pode passar de 90% na mistura.

Existe uma versão com uvas brancas, que leva:

  • Muscadelle;
  • Sauvignon Blanc;
  • Sémillon.

Assim como o Champagne, existe uma associação de produtores americanos que dizem ser donos do termo Meritage, porém, é possível achar vinhos da África do Sul com esse nome.

Quais são os blends do novo mundo?

Além dos “famosinhos”, outros blends novos vem chamando a atenção de especialistas no assunto. A maioria localizada no Novo Mundo, como é o caso da Argentina. Por lá, a casta mais usada é o Malbec, porém, em algumas regiões os produtores preferem fazer uma mistura com o Cabernet Franc, e conseguem ótimos resultados com ele.

O mesmo tem sido observado no Chile, onde a predominância é de Cabernet Sauvignon e Carménère. Na verdade, os principais vinhos do país são feitos de mesclas, como é o caso do Almaviva, que leva porcentagens de Cabernet Sauvignon – em predominância -, além de Cabernet Franc, Petit Verdot, Merlot e Carménère.

Já o Clos Apalta, da mesma área, costuma ter mais Carménère do que Cabernet Sauvignon, além do Cabernet Franc e do Merlot.

Conclusão

Esse surgimento de novos blends em outros países é totalmente normal, já que a evolução no mundo dos vinhos é algo incontrolável.

Sempre vai ter alguém querendo produzir coisa nova e quem sai ganhando, obviamente, somos nós, apaixonados por vinhos.

Pense no vinho de uma maneira semelhante ao café.

Os vinhos monovarietais, como os cafés de origem única, têm um perfil gustativo muito particular, entregando notas de degustação claras.

Os blends de vinho, como os de café, são geralmente mais arredondados, graças à soma de diferentes sabores e aromas das diferentes bagas ali misturadas.

A mistura de castas é mais uma tradição nos países do Velho Mundo (especialmente na Europa), dada a imensa diversidade de uvas que você encontrará em todos os lugares do continente.

Mesmo que um produtor ou região possa se concentrar em uma uva líder para seus vinhos, a adição de uvas alternativas proporciona equilíbrio, profundidade/complexidade e estrutura a eles.

Afinal de contas, ter mais opções para experimentarmos é sempre ótimo!

Referências:

https://learn.winecoolerdirect.com/famous-wine-blends/

https://winefolly.com/tips/famous-wine-blends/

https://www.altiwineexchange.com/news/blends/

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