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O que São Vinhos Naturais, Biodinâmicos e Orgânicos? Entenda suas Diferenças

O que faz necessário do vinho para ter estas nomenclaturas?

A busca por uma melhor qualidade de vida, tem levado muitas pessoas a escolher melhor os alimentos e bebidas que consumirão. Neste contexto, surgem os vinhos orgânicos, naturais e biodinâmicos. Mas afinal, qual é a diferença entre eles e o que eles têm diferente dos demais vinhos disponíveis no mercado?

Confira a respostas para esta e demais perguntas a seguir.

A agricultura é o ponto chave para a diferenciação entre estes vinhos. Antes do surgimento dos agrotóxicos (pesticidas, fungicidas e fertilizantes), os agricultores controlavam as pragas de suas culturas de forma natural, buscando sempre o equilíbrio entre as espécies que habitavam suas plantações.

Entretanto, com o surgimento dos agrotóxicos, alguns produtores passaram a fazer uso deles em suas plantações, aproveitando o lado bom, ou seja, aumentando o lucro e reduzindo perdas, porém outros ainda dão preferência ao controle natural, ou seja, preferem fazer uso de uma cultura orgânica.

O cultivo natural é o ponto comum dos três vinhos. Confira a seguir as diferenças e semelhanças entre eles.

Vinhos Orgânicos

Os vinhos orgânicos são produzidos a partir de uvas cultivadas de forma natural e orgânica, isto é, sem a utilização de qualquer tipo de agrotóxico no vinhedo. O manejo que ocorre no vinhedo se dá através de produtos naturais, assegurando assim um equilíbrio biológico.

A principal preocupação da cultura orgânica se dá na preservação do solo de qualquer tipo de substância que não seja natural. Agindo assim, os produtores asseguram que os consumidores não irão ingerir nenhum tipo residual de algum pesticida nos vinhos produzidos por eles.

Assim, o termo orgânico se refere não diretamente ao vinho, mas sim como ele foi produzido, no caso, na forma como as uvas foram cultivadas, de forma totalmente natural e sem a adição de agrotóxicos.

Existem órgãos regionais e nacionais para fiscalizar e certificar este tipo de produção.

A chilena Cono Sur é um exemplo de vinícola adepta a este tipo de procedimento.

O primeiro vinho orgânico brasileiro é o Cabernet Sauvignon, produzido em 1977 por Juan Carrau, em Santana do Livramento ( RS ).

Biodinâmicos

Os produtores dos vinhos biodinâmicos se guiam em uma filosofia antroposófica, criada por Rudolf Steiner, em 1924, que indica que as culturas devem ser autossustentáveis, isto é, com a mínima interferência do homem e de aditivos.

Sendo assim, além da cultura orgânica, isto é, sem a utilização de agrotóxicos, os produtores dos vinhos biodinâmicos seguem outras regras que estão descritas no livro “The Spiritual Foundation of Biodynamic Methods”. Durante o cultivo o produtor deve observar as fases da lua, as estações do ano e o sol sob a plantas, tudo isto influindo no processo produtivo.

De acordo com este filósofo e esoterista, isto é necessário para que se tenha uma harmonia com o cosmo, a terra recupere sua energia vital e produza frutos que expressem as características próprias do local.

Neste tipo de cultivo biodinâmico, o produtor não pode usar nenhum tipo de agrotóxico ou fertilizante, porém inicialmente poderá adicionar ao solo um preparo biodinâmico, que nada mais é do que uma fórmula natural a base de ervas medicinais e naturais.

Uma forma de fazer agricultura autosuficiente em cada casa, usando ingredientes locais. Seguindo este princípio, o vinho é feito com componentes puramente naturais – sem a intervenção de processos industriais. Além disso, é utilizado um calendário astronômico que rege as épocas de colheita, poda e vindima de acordo com o caminho da lua através das doze constelações do zodíaco.

O portador padrão da viticultura biodinâmica é Nicolas Joly e seu grande vinho Coulée de Serrant. Joly – preocupado que os vinhos estivessem perdendo seu terroir, sua originalidade e o caráter dado pela terra – começou a trabalhar no produto Coulée de Serrant biodinamicamente e descobriu que através dessas técnicas, o vinho está mais vivo.

O calendário é regido pelas posições da lua e estabelece quatro dias que produzem quatro vinhos com características diferentes:

Fruit Day: o satélite está em uma constelação ardente. O vinho é mais explosivo e realça suas nuances frutadas.
Dia da Raiz: a lua está em uma constelação de terra. Os vinhos são mais silenciosos.

Dia da Flor: A lua está em uma constelação de ar. As nuances florais tornam-se mais intensas e são os protagonistas da bebida.

Dia da Folha: a lua está em uma constelação de água e marca mais acidez e amargura.

Deixando de lado o lado mais esotérico desta prática, é verdade que, como acontece com outros processos naturais, a lua influencia a elaboração desta bebida.

Entretanto, o aspecto mais importante deste vinho é que ele é feito sem aditivos artificiais, seguindo um método completamente artesanal e, por esta razão, é necessário ter matérias-primas de excelente qualidade se quisermos que o produto final satisfaça o paladar dos consumidores.

Os vinhos biodinâmicos, orgânicos e naturais são cada vez mais valorizados pelo mercado. Muitos dos grandes vinhos do mundo, como o Pingus de Peter Sisseck, trabalham biodinamicamente, embora não sejam certificados.

Domaine de La Romanée-Cont é um dos principais adeptos deste tipo de produção. Ele fabrica um dos vinhos mais caros e famosos do mundo.

Assim como para os vinhos orgânicos, existem órgãos responsáveis pela fiscalização e certificação para este tipo de produção.

Naturais

Os vinhos tidos como naturais são aqueles feitos a partir da fermentação do mosto da uva de vinhas orgânicas por leveduras naturais sem qualquer tipo de intervenção. Neste caso, o enxofre é banido do processo e, algumas vezes, o envelhecimento em tonel de carvalho também.

A principal característica deste tipo de vinho, além do cultivo orgânico das uvas, comum aos outros tipos de vinho mencionados acima, é a ausência de qualquer outro composto adicionado à bebida.

De modo geral pode-se modificar a acidez, tanino, aspecto visual, aromas, sabores e textura de um vinho através da adição de produtos químicos, porém no caso do vinho natural, isto não pode ser realizado.

Pode-se dizer que este tipo de vinho por não contar com a ação antisséptica do dióxido de enxofre é instável e sensível, sendo assim o produtor deve redobrar os cuidados higiênicos em sua vinícola.

Diferentemente dos outros dois tipos de vinho mencionados acima, ainda não existe uma regulamentação para definir o termo “vinho natural”.

Quais são as diferenças?

Vamos começar falando das semelhanças, ou seja, o que estes três tipos de vinho têm em comum. A semelhança se refere ao tratamento do solo no qual são cultivadas as uvas, em todos eles a cultura utilizada é a chamada orgânica, isto é, aquela que é realizada livre de agrotóxicos. O controle de pragas ocorre de forma natural.

O vinho orgânico e o biodinâmico, são bem parecidos. A diferença principal é que no biodinâmico ainda são levados em consideração as fases da lua e as estações do ano, todas as regras necessárias a este tipo de cultivo estão descritas num livro escrito pelo filósofo Rudolf Steiner.

Já o vinho natural se difere do vinho orgânico e do vinho biodinâmico por não permitir a adição de nenhum produto químico ao vinho.

No quadro a seguir estão resumidas as principais características destes três tipos de vinho.

Vinho Cultura Adição de produtos químicos
Orgânico Cultura orgânica, sem uso de agrotóxicos É permitida a adição de produtos químicos ao vinho
Biodinâmico Cultura orgânica, sem uso de agrotóxicos, fases da lua, estações do ano são levadas em consideração também É permitida a adição de produtos químicos ao vinho
Natural Cultura orgânica, sem uso de agrotóxicos Não é permitida a adição de produtos químicos ao vinho, sobretudo enxofre

Estes vinhos são melhores ou piores do que os ditos “normais”?

A resposta é depende, isto mesmo depende do ponto de vista do consumidor. De modo geral, o valor destes vinhos é maior do que o valor dos vinhos “normais”, tudo isto devido às alegações de serem mais saudáveis, cabe neste caso ao consumidor decidir se pagará ou não a mais por isto.

Vale ressaltar que nem todos os vinicultores que adotam práticas orgânicas ou biodinâmicas vão em busca da certificação, visto que este é um processo demorado e dispendioso. Sendo assim, é importante sempre conhecer a história da vinícola da qual se pretende compra um vinho.

Conclusão:

Como dito no início, para quem está em busca de uma melhor qualidade de vida, e opta pelo consumo de alimentos mais naturais, isto é, livre de produtos químicos nocivos a saúde e que tem condições de pagar por isso, estas bebidas orgânicas, biodinâmicas e naturais são uma boa opção.

Entretanto como também mencionado, infelizmente, a certificação para este tipo de produto leva um tempo e investimento, fazendo assim com que muitos produtores não vão atrás dela, mesmo assim eles aplicam as técnicas necessárias para a produção de um produto saudável.

Em outras palavras o que queremos dizer é que o marketing em cima destes produtos tem sido grande, e que existem outros vinhos tão bons quanto estes, mas mais baratos. Por isto é importante saber a origem do vinho que se está adquirindo.

Referências:

https://www.winemag.com/2019/09/10/whats-the-difference-between-organic-and-biodynamic-wine/

https://grandreserverewards.com/blog/what-is-natural-wine-organic-wine-or-biodynamic-wine

https://www.foodandwine.com/wine/natural-wine-explained

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